17 de dezembro de 2008

Limpeza da caixa d'água: o cuidado constante evita contaminação

Por Desirée Miranda
A qualidade da água é preocupação fundamental das pessoas quando o assunto é impedir doenças como cólera, amebíase e diarréia. Em um condomínio, dificultar o contato com estes e outros perigos transmitidos pela água é de grande importância, afinal, são muitas as pessoas que moram no prédio, e um surto de doenças é a última coisa que o síndico gostaria de ver. Por isso, a limpeza e manutenção periódicas da caixa d’água são fundamentais.
Os cuidados com a caixa d'água devem ser tomados por profissionais especializados, seguindo corretamente as orientações da Copasa. Esfregar as paredes com escova de nylon, aplicando água sanitária e fortes jatos de água são recomendações da empresa. É importante observar o estado do reservatório, avaliando se há rachaduras, bem como se está bem tampado, para evitar a entrada de sujeiras e animais. A desinfecção deve ser feita a cada seis meses. É necessário verificar também as condições dos telhados, calhas e canos e, caso a caixa se encontre no subsolo, se ela está protegida contra enxurradas.
O proprietário da empresa Rei das Caixas D’água, Sérgio Faria de Carvalho, conta que, para iniciar o processo de asseio, a primeira coisa a ser feita é fechar os registros internos no dia anterior, para se evitar desperdícios. O passo seguinte é esvaziar a caixa e iniciar a limpeza propriamente dita, que dura, em média, duas horas. Depois desta etapa completa, há o processo de enchimento, que leva cerca de quatro horas. “A caixa d’água é o reservatório de água potável na residência. Se ela não for limpa, podem ocorrer várias doenças”, argumenta Sérgio.
De acordo com o proprietário da MC Serviços, Gérson Saraiva Lousada, a exigência de um profissional especializado se deve ao fato de que ele sabe de que forma a caixa d’água deve ser lavada e quais os cuidados que devem ser tomados para evitar a contaminação, tanto de quem está limpando quanto do próprio reservatório. “Ocorre muitas vezes das pessoas quererem fazer economia, só que às vezes, mais contaminam do que limpam. Eles fazem a limpeza descalços, utilizando vassouras. Já achei toco de cigarro de moradores que fizeram a limpeza”, conta ele.
Imprudência- Fatos mais graves do que este já foram constatados pelos dois profissionais. São situações em que síndicos deixaram de lavar a caixa d'água por vários anos. “Tive um caso de um condomínio no centro da cidade em que a caixa ficou 15 anos sem ser lavada. Casos de seis, sete anos sem limpeza acontecem todo dia. A preocupação é muito mais com a beleza do prédio do que com a parte interna”, diz Sérgio.
Gérson conta que, mesmo depois de muito ser avisado, um síndico resistiu em fazer a impermeabilização da caixa d'água, por ter achado o valor muito alto. A situação chegou a um ponto em que Gérson se recusou a fazer a limpeza, sob o risco de a laje ceder. “Foi aí que o síndico se convenceu e quando resolveu fazer a impermeabilização pagou cinco vezes mais do que se tivesse feito da primeira vez em que eu o alertei”, diz ele.
Bom exemplo- Já no Condomínio do Edifício Atílio Sacchetto, no bairro Sagrada Família, região nordeste de Belo Horizonte, as recomendações tanto da Copasa quanto da empresa responsável pela limpeza da caixa d'água são seguidas à risca, desde que a síndica Margarete Maria Magalhães começou a administrar o prédio, em 1998. De seis em seis meses os profissionais vão ao condomínio para cuidar especialmente da caixa. Segundo ela, os moradores são comunicados anteriormente de que os registros serão fechados, e nunca reclamaram de possíveis transtornos. “Não adianta ter uma água bem tratada se a caixa estiver suja”, diz ela.
Para saber quais empresas podem ser contratadas, Sérgio e Gérson aconselham ao síndico procurar referências, verificar se a empresa é idônea e se possui alvará de funcionamento na prefeitura.

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